segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Minha sobrinha nasceu!!!!!



Minha grande e imensa família ganhou mais um integrante... eeeeeeee!!! Sim, meu povo ela não para de crescer... como gostam de se reproduzir, não?!?!?! Hahahaha... É essa bonitinha aí da foto. Luana o nome dela, e é filha do meu irmão Dudu. Confesso que fiquei um pouco assustada quando vi meu "irmãozinho" segurando um bebê no colo... um bebê que é seu... ai ai, o tempo passa!

Enfim, precisava dividir com vocês isso. Afinal, tô aqui do outro lado do mundo e nem posso abraçar, cheirar e beijar minha sobrinha e os meus...

Seja bem vinda Luana!!! Parabéns Dudu e Gabi!!!!

domingo, 29 de novembro de 2009

Pé na estrada

Starting the journey

Para aqueles que não sabem (e faço mea culpa que não sabem porque a desnaturada aqui não dá notícias ou se comunica com o outro lado do Pacífico), deixei Taupo para iniciar minha trip pela Nova Zelândia. Vou mochilar pelo país durante um mês e, na manhã de Natal, sigo para Austrália, onde me junto a minha querida amiga Anita para viajarmos por mais dois meses... eeeeee!!!

Primeira parada: Auckland


Saí de Taupo na quinta (26) de manhã rumo a Auckland. Depois de uma viagem super cansativa, já que minha pequena fissura na cabeça não me deixava encostar no banco, chegou a maior cidade da NZ... ou melhor, cheguei ao engarrafamento na entrada da cidade... putz, tudo bem que eu estava sentido falta de um monte de coisa de cidade grande (como prédio com mais de dois andares e sinaleiras... hahahahaha), mas congestionamento definitivamente não.

Enfim, depois de ter tempo suficiente para lembrar e relembrar o quanto carros enfileirados são desagradáveis, cheguei ao terminal onde os queridos Pedro e Gisele foram me buscar... eles são brasileiros, mas ele mora aqui vai fazer 10 anos e a Gi quase dois.

A ideia inicial era dormir na casa deles, largar as minhas coisas no dia seguinte e passar o final de semana em Coramandel, uma praia não muito perto daqui. Mas acabei resolvendo aproveitar o colo e a hospitalidade brasileiras e ficar.

Eles foram anfitriões maravilhosos... me mostraram a cidade, fomos a um festival, vimos a parada do Papai Noel e até feijão cozinharam.... Além de companhias agradabilíssimas (que também me apresentaram outros amigos super queridos) me fizeram me sentir em casa todo o tempo. Brigadão queridos!!!

Bom, amanhã à noite pego minha mochilinha e começo minha jornada sozinha rumo à ilha Sul. Por equanto, fiquem com algumas fotinhos da minha passada por Auckland.

Eu, Gisele e Pedro

Grey Lynn Park Festival on Saturday afternoon

Santa Parade: Brazilian people... the happiest

On the beach... home sweet home


sábado, 28 de novembro de 2009

Goodbye, Taupo!


My first picture in Taupo, four months ago

Quatro meses se passaram e me despeço de Taupo. Depois de um começo difícil e de uma adaptação bastante sofrida, confesso que saio com o coração doído e, como não poderia deixar de ser, afinal de contas estamos falando de mim, com muitas muitas lágrimas... Um tanto de coisa aconteceu durante minha estada nessa minúscula cidade. Não é nenhuma novidade de que o que vivemos durante viagens e quando moramos em outro país têm uma intensidade monstruosa. Um dia pode representar a vivência de uma semana, um mês ou até muito mais se compararmos a rotina em nossa terra natal. Aprendi muito e não tenho dúvidas de que saio daqui uma outra pessoa... e mais uma vez é preciso exercitar a arte do desapego... ai ai...

No fim de tudo, tenho certeza de que as coisas aconteceram como eu pedi e precisava. Queria uma cidade pequena, sem brasileiros, com uma vida completamente diferente da que vinha tendo em São Paulo... e tive. Foi difícil? Extremamente.

Cheguei num inverno do caralho... temperatura baixa + vento gelado que vem das montanhas + chuva constante + morar longe da escola + inexistência de transporte coletivo = “o que eu estou fazendo aqui?”. Pra ajudar, em meus primeiros dias recebo a notícia da morte da minha vó... era impossível não pensar “o que eu estou fazendo aqui?”... Vai pra aula nesse tempo, caminha 40 minutos pra ir e pra voltar, e encontra um bando de adolescente filhinho de papai que não quer nada com nada... “oi, o que eu estou fazendo aqui?”... tenta ter vida social, vai pro pub (entenda-se três opções) mas não consegue entender nada do que as pessoas te falam, primeiro porque elas não interagem nas primeiras duas horas, segundo porque depois disso elas estão tão bêbadas e a música tão alta que daí mesmo que era impossível compreender bulhufas... “senhoooor, o que eu estou fazendo aqui?”.

De uma hora para outra, era tudo diferente, era tudo novo... língua, comida, cheiros, gostos, arquitetura, meio-ambiente, cultura... era falta do sal como tempero, das cores nas casas, do calor do sol no corpo e do toque das pessoas... como eu sentia falta de abraços e como eu precisava deles!!!

Depois de tantas perdas na minha vida, aprendi que quando as coisas estão realmente muito difíceis temos duas opções: a primeira é sentar e reclamar pra seeeeeeempre do quão azarados somos (o que não vai mudar em nada), e a segunda é levantar, sacudir a poeira e seguir em frente. Falar é fácil, né? Como não sou nenhuma Pollyana, embora meu sarcasmo sempre me salve, óbvio que a volta por cima não foi assim tão instantânea (e agradeço, principalmente, aos ouvidos da Mari e da Anita... hehehe)... mas aconteceu.

As caminhadas diárias para escola se tornaram minha principal diversão. O caminho de ida e volta muitas vezes era mais interessante que estar em sala de aula. Foram momentos infindáveis de reflexão, de pensar na vida, de expurgar coisas ruins.

Sobre a escola, conversei com professores, tentei trocar, não deu... comprei uma boa Gramática, estudei duro... Sobre onde morava, mudei de casa (aquele negócio de homestay, com uma pessoa preparando minha comida me incomodava muito, me sentia invadida e invadindo), fui viver perto do centro em um flat com mais seis caras (dois da Alemanha, dois da Índia e um de Fiji). Passei a falar mais, interagir mais e fiquei mais segura com meu inglês... thank you, guys!

E, nesse meio-tempo, eis que a primavera chegou... conheci pessoas, estabeleci amizades... a cidade ficou colorida, o clima mais agradável, minhas caminhadas foram além da beira do lago, pimenta virou meu tempero, aprendi a não me importar com a bagunça dos meus companheiros de casa e ensinei muita gente a abraçar.

Em minha última noite na cidade, um dos meus flatmates me perguntou se eu pudesse voltar meses atrás e escolher outra cidade, outro país e fazer tudo diferente, se eu o faria... Minha resposta: definitivamente não! Nada foi perfeito. Sofri, chorei, espernei, mas, no fim, fui muito feliz em Taupo!

E para fechar com chave de ouro meu último dia na cidade, além do Bumgy Jump, era obrigada a tomar banho no lago (quem me conhece sabe que não poderia ir embora sem fazer isso)... tinha feito algumas tentativas frustradas, já que água era sempre congelante, e essa era minha última chance. No que coloco meu pezinho dentro da água, faço a proeza de escorregar numa pedra, levar um puta tombo, bater e abrir a cabeça! Fiquei imóvel por alguns segundos... “putaquepariuvaisefuder, não acredito, me quebrei toda!!!! Como é que uma pessoa pula de 47 metros de altura, sai ilesa e tenta só dar uma porcaria de um mergulho em um lago (oi? um lago!! ...sem ondas ou correnteza) e abre a cabeça?”... consegui recuperar a voz, chamei minha amiga, que me ajudou a levantar... vi algumas estrelinhas e quando botei a mão na cabeça, senti o ovo e vi o sangue... não teve jeito, toca pra clínica... Nada grave, só um curativinho, uma linda faixa na cabeça e mais uma lembrança pra levar de Taupo! Agora ficou claro, minha relação com o lago era limitada (assim como seu tamanho) a contemplação e reflexão... meu negócio é o mar, mesmo!

E assim parto... com muitas lágrimas, o coração apertado e o corpo inteiro dolorido

Para fechar esse rápido balanço, seguem fotos daquilo que mais vou sentir falta (what I'll miss so much)...

People...

Maria Helena, my lovely Colombian friend

Kelly, my dear Singapore friend

Tomas and Tobias, my crazy German guys

Esther, my angel

My classmates Claire (Switerzland), Brenda (China) and Maria Helena (Colombia, again) and my teacher Chris (NZ)

The latin girls: Alice (Brazil), Barbara e Tina (Argentina)

Chats im my house with food, beer, wine, rum...





Walking and landscape...

Walking, walking, walking...

Lake front, wintertime

Craters of the moon

Kaiamanawa

Maori Cravings

Sunset and ducks

Tongariro crossing: rest stop

Tongariro: almost the summit

See you...

Bumgy jump: eu pulei de 47 metros de altura!!!!

Oiiieeeee... sim, sou uma jornalista desnaturada que tem o blog mais desatualizado da Oceania... desculpa, tá bom?! Prometo não prometer que não vou mais abandonar vocês ou que vou postar uma história nova (ou velha) a cada não sei quanto tempo...

...Enfim, vamos ao que interessa...

O cenário escolhido (atenção para o canto superior direito... é dali que me joguei)

Antes de vir para cá, cheguei a comentar com alguns que faria... Mas depois de uma conversa com meu amigo Juliano, ainda antes de embarcar, meio que balancei... Daí cheguei aqui, caí no snowboarding, balancei mais ainda... O tempo foi passando, visitei o lugar do pulo, vi a altura, e, aos poucos, desisti. Achava que, realmente, não rolaria. Muito pelo medo, é claro, mas mais por ter que pagar quase 100 dólares...

Eis que última terça-feira (24) um dos meus professores me vem com uma resposta irrecusável. Decidi ir embora de Taupo no meio da semana e não no final de semana, como previsto anteriormente... a escola disse que não devolveria o dinheiro, mas que me daria uma atividade, caso eu quisesse. Não pensei duas vezes e disse: bumgy jump. Claro que as 12 horas seguintes foram uma eternidade, não dormi direito e quando acordei não conseguia parar de pensar "pra que vou fazer isso?!".

O negócio foi não pensar muito... respirar e pular... no fim, acho que essa foi uma boa forma de fechar meu ciclo em Taupo.

Ainda não acredito que fiz bumgy jump, mas fiz!!! E para provar pra mim e para vocês seguem algumas fotos e o vídeo....

Se preparando para o pulo e parecendo muito calma

Dando aquele que poderia ser meu último tchau

Prestem atenção na risada nervosa

É "só" abrir os braços e se jogar

...1, 2, 3... fui...

Uhuuuuuuuuu

Para terminar, o mais excitante: o vídeo!! Estão vendo que a criatura aqui está renegando toda hierarquia da informação, né? ...desatualizada e com o mais importante para o final... Come on, people, tô de férias!!