Para os que ainda não se situaram na geografia do lugar, Taupo fica na Ilha Norte da Nova Zelândia e enquanto morei lá fiz algumas viagens de fim de semana por algumas cidades. Mas o fato é que desde sempre morria de vontade conhecer a Ilha Sul, que todos diziam ser bem mais selvagem. O país tem cerca de quatro milhões da habitantes, sendo que três milhões vivem na Ilha Norte (1 milhão só em Auckland)... entenderam, então, como a Ilha Sul consegue ser ainda mais inabitada, certo?
Cheguei lá por Christchurch. A ideia inicial era passar um dia na cidade e, no seguinte, seguir viagem. Acabei tendo que mudar meu voo e passei apenas uma noite, no aeroporto, já que tinha um voo na manhã seguinte para Queenstown. Eu e mais uns trinta que dormimos lá fomos convidados a nos alojarmos no chão, em um canto bem iluminado e barulhento do aeroporto... Foi então que conheci um alemão que tinha morado nos últimos quatro meses em Queenstown e estava indo para Bali. Ele me deu varias dicas, de albergue, trilhas e o que fazer... Foi ótimo já que a pessoa saiu sem mapa, guia ou coisa parecida. Tinha essas duas passagens e uma outra de volta para ilha norte 15 dias depois. O que faria nesse meio-tempo, para onde ia, como iria, decidiria assim, chegando nos lugares, conhecendo pessoas, me deixando levar... tinha começado bem meu propósito.
Enfim, Queenstown. Gente, o que é Queenstown!?!?!?!?!? É do caralhooo!!!! Minha sensação quando vi a cidade de cima, e mais ainda quando desci, é que estava chegando a uma locação de algum filme. Não pareciam reais aquelas montanhas gigantescas por toda parte. O negócio é impressionante!!! É lindo, lindo, lindo!!!!! Tanto que a impressão o tempo inteiro é que não é de verdade...
Apesar de já ser dezembro e verão, chovia e estava um frio do caramba, que me fez lembrar Taupo assim que cheguei na Nova Zelândia... Minha primeira tarde na cidade foi caminhar ao redor, sentir o clima, e ficar embasbacada com a paisagem... dá muito pra entender porque os brasileiros amam isso daqui (dizem que correspondem a 10% da população do lugar), porque é muito foda!!! Eu não encontrei nenhum, mas também não procurei...
Segundo dia: embora fazer trilha!!!!! Se tem uma coisa que fiz nessa viagem foi caminhar... como eu caminhei... chegava em novo lugar e perguntava por trilhas (com certeza deixei de ver vários pontos turísticos, o que não me arrependo nenhum pouco). Em algumas cidades cheguei a fazer três, quatro em um mesmo dia. Numa dessas, conheci um brasileiro (o único com quem topei) que me disse que o melhor jeito de se viajar é caminhando... enfim, super concordo. O problema é ter tempo para fazer isso, né?! Ainda mais quando se deseja conhecer tanto lugar no mundo...
No terceiro dia fiz aquela que foi a maior gasto de todos até agora. Comprei um tour de dia inteiro para Milford Sound. Não teve muito jeito, precisava ir. O lugar é meio inacessível e para fazer a trilha no parque, que dura uns três dias, é preciso reservar com muita antecendência (uma coisa meio Machu Picchu). Para terem uma idéia até março não tem vaga.
E daí que depois de uma viagem de ônibus de umas quase quatro horas, com cenários que fizeram com que me visse refletida na janela de queixo caído por vários momentos, chegamos a um dos lugares mais maravilhosos que meus olhos já viram. É indescritível, é mágico!!!! Lá peguei um barco que me levou entre paredões GIGANTESCOS e cachoeiras em um caminho labiríntico que depois depois de quase uma hora desembocam no mar... enfim, maravilhoso!!! Só vendo. É difícil explicar...
Sim, seria ótimo colocar uma foto para ilustrar, né?! Mas, aumentando a lista das cabacices que aconteceram com a pessoa na terra dos kiwis, eu consegui a proeza de deletar todas as fotos da minha viagem pela ilha sul em meu último dia de trip. Ou seja, os posts sobre o lugar são sem imagens... sim, eu sei, que estúpida!!! Mas já me torturei o suficiente por isso e, enfim, paciência!
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